Fala
galera linda e cheirosa, depois de muito enrolar, cá estou eu, começando minha
coluna de indicações, por hora sem um nome certo (juro que vou pensar em um
nome até o 5º review), mas estamos aí. Incialmente quero deixar claro que a
intenção aqui é apresentar obras razoavelmente desconhecidas, ou novas, ou sem
tanto destaque... vocês entenderam. Logo, não achem estranho a falta de análise
mais detalhista e cheia de termos técnicos, e desde já perdoem qualquer termo
chulo; tentarei evita-los, mas quando eles aparecerem, já sabem, é tudo devido
ao caráter mais informal e despojado da coluna.
Bem,
depois dessa apresentação, vos convido a se sentarem e me acompanharem para a
primeira obra que vou apresentar. Hoje, vocês vão conhecer a distorcida
individualidade de Shounen Shoujo; Obra roteirizada por Nisio Isin e ilustrada
por Akira Akatsuki; pois bem venham
comigo.
Considerações da história:

Logo nas primeiras páginas já
temos um “spoiler” do final, com narração do Garoto (sim, o guri não tem nome)
explicando em como tudo chegou naquele ponto. Na cena seguinte somos
transportados ao “presente”, quando descobrimos que nosso protagonista vê os
rostos das pessoas borrados, assim como seus nomes, a princípio isso parece
irrelevante, mas muda radicalmente no momento em que ele vomita sangue negro
enquanto sofria bulliyng de seus colegas de escola, e a partir daí que a
história começa a ficar bizarra (eu poderia dizer doentia, mas só as páginas
iniciais tornam TUDO QUE VEM A SEGUIR DOENTIO); no hospital nosso garoto descobre
que possuí uma doença que o matará antes dos 12 anos e ele se sente radiante
com isso, pois ele é uma pessoa extremamente individualista e que se apega ao
fator de que ser diferente dos outros o faz um ser único, um ser mais
“agraciado” digamos assim, e isso o torna uma pessoa de aparência melancólica e
triste; mas como nem tudo são flores, ao final do primeiro capítulo ele
descobre que não é tão único assim, pois há uma garota (acho que agora vocês
sacaram o shounen shoujo do título) que também possuí a mesma doença que ele,
só que com uma diferença, ela vê os rostos dos outros com uma espécie de
retalho e é totalmente fofa, aí meu amigo começa a ideia de individualidade,
pois o garoto não quer correr o risco de outra pessoa com a mesma doença morrer
antes dele.
Bem querido leitor, nesse
momento, muito provavelmente você pode estar em dúvida, pois dei um desclaimer
do cacete e não disse nada mais, mas creio que seja preciso primeiramente
resumir a maluquice que é o primeiro capítulo para então analisar e explicar
minha indicação.

Os personagens são um poço de
sentimentos “diferentes” (digamos assim); eles te causam sensações diferentes e
únicas que te faz gostar mais de um do que do outro. O garoto é fechado,
recluso, infeliz, que vive em uma espécie de alegria mórbida por ser diferente,
é aquela pessoa que não nos compadece pena e nem compaixão, mas ainda assim
você se sente atraído por aquele personagem e quer ver, mais e mais, o que ele fará
para preservar sua individualidade (assim, isso nem chega a ser spoiler, mas
quando ele descobre sobre a doença, ele pede para que a mesma receba seu nome
quando ele morrer e o médico aceita; logo, se ligar 1 + 1, hábil leitor... você
entenderá o que ele sente quando descobre que a garota pode morrer antes dele e
tem A MESMA DOENÇA), já a garota é uma personagem fofa e que te desperta a
empatia logo de cara, mas guarda um segredo que quando é revelado NO SEGUNDO
CAPÍTULO dá um bug no seu cérebro, em especial por você já ter noção de um
ponto da história que é mostrado no começo.
Posso dizer sem medo, que a
medida que fui lendo meu cérebro foi tentando processar o que o Nisio queria
dizer ali, o que ele tem em mente para desenvolver a série, mas cada vez que
penso, mas chego à conclusão que tudo ali pode mudar e surpreender, mas com o
objetivo de um final já premeditado (ou não). Fora isso, dizer que o traço do
Akira-sensei é bom, seria baixo até para elogiar, já que ele é bem competente
na sua arte e nos entrega um desenho que fica fácil de identificar,
especialmente se você leu Medaka.
Afinal, por que ler?
Honestamente, essa é a primeira
indicação que dou e, logo de cara, digo que ela não é recomendada para quem
espera obras que começa com tudo, que não esperam obras que de certo modo
pareçam um livro, que sejam meio pensadas para te fazer pensar. A história,
como eu já disse, é boa e bem executada. É aquele típico mangá que possuí um
grau de densidade que não sairia na Jump semanal (isso na minha concepção),
devido a isso a escolha da SQ foi acertada, uma vez que lá obras de teor mais
pesado funciona. No mais, Shounen Shoujo é uma obra para quem quer algo
diferente, ou que tenha curtido Medaka, mas uma coisa é certa... quem der
chance para o mangá vai ser surpreender. Eu recomendo com força essa série.
Comentários