Se entendendo através dos punhos
Yo galera! E depois de
quinze dias, cá estou a postos e, enfim, com a vida mais “tranquila”; agora dá
para ajustar os pensamentos e fazer análises melhores (ou não).
Enfim, vamos a análise
desses capítulos de Boku no Hero que, por sinal, estão bem interessantes e me
pegaram de surpresa. Mas, sem mais enrolação, vamos à análise.
Capítulos #118 & #119 – “Uma luta sem sentido” & “Deku vs. Kacchan 2”
Enfim chegamos àquela
luta que muitos aguardavam ansiosamente. Apesar de eu, no meu achismo, crer que
ela deveria ser mais para frente, Kohei-sensei nos deu dois capítulos muito bem
focados e pensados para o desenvolvimento desse embate entre os dois amigos e
rivais.
Creio que muitas pessoas
vão falar que isso segue o clichê básico, mas, antes de adentrar no próprio
capítulo, quero deixar explícito que, do meu ponto de vista, ele soube explorar
bem isso e, indo além, soube dar profundidade a uma relação de
amizade/rivalidade que não víamos tão rivalizada assim; chego a admitir que, no
começo, achava isso mais birra do Bakugou do que qualquer outra coisa. Isso,
sem contar que, o autor conseguiu deixar bem transparente a frustração de nosso
esquentadinho quanto ser superado por alguém que ele via como um zé ninguém.
Em contrapartida, temos
um Midoriya que, geralmente, consegue expor sua admiração pelo Kacchan e
transparece o quanto respeita o jovem como rival, porém aqui ele precisou, e
muito, parar de fugir do confronto. Esse foi um momento claramente voltado para
que ele parasse com o medo de lutar contra alguém que ele admirava; acredito
que esse é o momento que nosso protagonista pode mostrar o quão valioso é o
legado que o All Mighty deixou, pois ele é o herdeiro do símbolo da paz e, hora
mais hora menos, ele precisará mostrar a que veio. Fora isso, é preciso que ele
consiga ajudar seu amigo nesse momento em que ele se sente inferiorizado e
frustrado, pois convém lembrar que ele se sente culpado pelo que aconteceu e
isso, aos poucos, reflete em seu rendimento.
Não cheguei a comentar
isso até então, talvez por desatenção, mas o Bakugou carrega o peso da culpa
por ser capturado e isso ter levado o All Mighty ao seu extremo. Não que seja
culpa dele, porque ninguém pede para ser sequestrado; porém foi devido a esse
incidente que as coisas estão a zona atual. E isso pesa na consciência dele, em
especial ao ver que aquele amigo, que ele via como um nada o superou e ainda
herdou a chama do principal herói, agora aposentado.
No mais, esses capítulos
deram um tom de um combate que, a cada momento mais deixa claro que, não é no
clichê de “amigos saem na mão porquê fulano tem tendências más e o outro quer
por juízo”, o buraco aqui é mais profundo e envolve questão como culpa,
frustração e semelhantes. Não dá para você abandonar um amigo quando ele está
perdido e sofrendo e, de certo modo, esse confronto evidência bem que apesar da
admiração do Deku, o Kacchan não consegue se conformar com a ordem que tudo
está ocorrendo e em ser superado.
Acho que, fora tudo isso,
vale menção que alguém impediu o Aizawa de repreender os meninos e parar a
briga deles. Quem é? Isso só saberemos mais para frente, mas eu, sinceramente,
aposto no All Mighty, até por ele ter noção da rivalidade que ambos sentem um
pelo outro. Mas isso só saberemos no próximo capítulo, daqui a quinze dias*.
*A issue desse capítulo é dupla (Issue 2 – 3); quando isso ocorre é porque na semana seguinte não teremos revista (resumidamente a explicação. E isso ocorre em períodos de feriados)
Comentários