As Saintias chegam ao vasto território tupiniquim
Como todos devem saber, nesse ano a
franquia Saint Seiya completa 30 anos e, para comemorar, aqui no Brasil, mesmo,
tivemos o retorno da série clássica na tevê aberta, em horário nobre; o mangá
clássico em versão Kanzenbam; o artbook da série The Lost Canvas e o mangá que
é alvo de resenha hoje. Então, sem maiores delongas, vamos ao foco desse
review, vamos falar sobre Saintia Shô, um dos últimos spin-offs que saíram na
terra do Sol nascente e mais recente obra a aportar em nosso país pela JBC.
Por isso, se acomodem, elevem seus cosmos
e vamos derrotar o mal mais uma vez!
Sinopse (Via JBC*):
“Conheça a história cativante das Saintias, a ordem dos Defensores de Athena apresentada nesta nova aventura do universo dos Cavaleiros do Zodíaco! O palco da história é a noite anterior à Guerra Galáctica. Saori finalmente decide aceitar o seu destino em ser a Deusa Athena e lutar contra o mal que tenta se apoderar do mundo.Aproveitando-se da distração causada pelo início do torneio, Éris, a Deusa da Discórdia, pretende invadir o Santuário. Mas a divindade maligna não contava com as Saintias, uma tropa de elite formada apenas por mulheres que servem diretamente Athena! ”
Considerações gerais:
Aqui
no Brasil, a obra começou a ser publicada em outubro pela JBC e o segundo
volume tem previsão para chegar nas bancas em janeiro (isso segundo eles, mas
já dá para adquirir o volume nas comic shop e livrarias). Desde já quero deixar
claro que li, via scans, até o volume 4, mas vou me ater na análise e focar só
no volume 1 que foi o único que tive tempo para ler na versão BR.
Primeiramente
quero deixar bem frisado que esse é o spin-off que mais bebe da fonte chamada
série clássica, sem, porém, adentrar muito na mesma. É um mangá que prioriza as
referências ao original, evitando tomar liberdades demais, sem mexer no que não
deve e mesmo assim sendo divertido. Claro que, há muitos fãs que não gostam da
série e até acham ridículo uma obra da franquia que tenha mulheres como
protagonistas, mas esse foi um dos acertos mais bacanas da série (explicarei melhor
adiante; e, sim, tem fãs que reclamam de o fato das moças serem as
protagonistas).

Fora
ela, ainda temos o núcleo da deusa Atena e suas saintias. E aqui cabe o
disclaimer que, me surpreendeu essa mexida que a Saori já tinha ciência de ser
uma deusa; sério, eu não esperava que tivéssemos algo assim logo no primeiro
capítulo, e isso, ao meu ver já dá uma pequena empatia com relação a senhorita
Kido, empatia essa que nunca nutri. Já do núcleo das Saintias só conhecemos a
Mii e a Kyoko. Mas, com exceção da Kyoko, creio que não tenho muito o que falar
já que, séries de CDZ, geralmente, alimentam o mau costume de criar secundários
com personalidade de papelão (não que aqui seja o caso, pois com o tempo a
Chimaki trabalha um pouco isso, mas no primeiro volume é meio mundo de
papelão).
Quanto
ao roteiro, devo dizer que, nesse primeiro volume ele cumpre o seu papel. Ele
está ali, te explica as causas e efeitos, porém não dá um aprofundamento muito
grande, pois precisamos conhecer tudo de pouco em pouco. Tanto que o segundo
volume nos mostra um pouco daquele treinamento básico (que já estamos carecas
de ver). Porém cabe aqui salientar que, uma das coisas mais legais dessa série
e a explicação do que são as Saintias, pois esse é um conceito novo para todos
que conhecem esse universo há tempos; e nos é mostra de uma maneira simples,
sem enrolação demais e, o melhor, sem cansar o leitor.

Agora
sobre a arte, creio que não tenha muito a comentar, até porque falar que ela
desenha muito bem e trabalha na média em cenas de ação não é nada mais que
eufemismo.
Sobre
nossa versão vale dizer que ela está sendo lançada na qualidade básica/padrão
da JBC, em papel pisa-brite, com as páginas coloridas (igual no original) e
saindo ao preço de R$ 15,90. Fora isso creio que cabe a menção que a adaptação
segue bem-feita (como sempre foi quando o assunto é Saint Seiya).
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