A nova temporada da franquia de card game começa com um bom pique e provando que, sim, ainda há fôlego para queimar e tramas interessantes para se trabalhar
Ok, vou começar esse
texto sendo franco e assumindo que, sim, eu estava no hype. Logo eu, que sempre
evitei o hype e vivia em fuga quando alguém falava essa palavra, estava
contaminado (ainda estou na verdade). E, no dia 10 de maio, toda essa euforia
foi recompensada da maneira mais positiva que eu poderia imaginar.
Calma lá... estou
colocando a carroça na frente dos bois e não estou explicando nada. Talvez nem
devesse, né. Já que se você é leitor corriqueiro do Dollars ou do meu Twitter
(segue lá @PauloIkari) sabe que eu, simplesmente, ando em um caso de amor
extremo com Yu-gi-oh!. Claro que boa parte disso é culpa da saga anterior (o
Arc-V, que eu analiso os capítulos do mangá), mas ainda assim foi com a saga do
Yuya que a sementinha de amor por essas sagas em que tudo se resolve com duelos
foi crescendo e desenvolvendo. Tanto que atualmente quero comprar meu deck,
porém vou esperar começar a sair os decks estrutura dessa nova geração, mas
isso não vem ao caso.
Em todo caso, a medida que esse amor ia
crescendo, o hype ia surgindo, pois começaram a divulgar a nova temporada da
franquia e, para mim, era excelente porque eu teria a chance de acompanhar uma
nova temporada desde seu início. Óbvio que já tive outras oportunidades de
fazer isso, mas em nenhum dos dois casos anteriores aproveitei, creio que por
isso a questão ficou tão assim... pessoal.
E os meses se passaram,
as informações foram surgindo, o hype ficando cada vez maior e junto dele havia
o medo. Medo de não ter esse hype correspondido ou até mesmo de me frustrar com
uma temporada bem aquém.
Mas depois de assistir
o 1º episódio de Yu-gi-oh! Vrains, posso dizer sem medo que todas minhas
preocupações eram em vão (sim, estou me repetindo). Me arrisco a ir além e
dizer que esse primeiro episódio nos dá exatamente o que esperávamos pela
divulgação, ele nos dá um personagem que não é “egao” demais, e sim alguém mais
sério, um tanto quanto indelicado até (a cena que ele analisa o colega de
escola é ótima para expressar essa parte do indelicado).
Fora isso, ainda temos
um plot que, a princípio tem tudo para cativar quem espera uma trama diferente,
até pelo ar de mistério que paira no ar. Isso sem contar a ideia de envolver os
conceitos de inteligência artificial e o “Speed Duel”. Quem joga o “Duel Links”
já conhece bem o estilo e aqui ele será bem utilizado; mas como isso se dará
não sabemos ainda, pois esse primeiro episódio ele não tem duelos. Apenas nos
dá aperitivos sobre o universo, o estabelecendo e nos deixando com os
envolvidos em toda trama.
Quer seja o Ignis, o
Yusaku, os cavaleiros de Hanoi ou até os membros da SOL; todos são apenas peças
de um grande quebra cabeça. Apenas nos é evidenciado que os Hanoi querem
destruir o Cyverse, enquanto o Yusaku quer recuperar suas memórias perdidas. É
um amontoado de coisas que te prendem ao longo de 20 minutos, mas tudo é feito
de uma maneira tão bem-feita que você não vê o tempo passar. Quando dá por si
já se passou o tempo do episódio.
Outro ponto a se
comentar é a parte musical, pois todas as OST’s se encaixam muito bem dentro
desse episódio e ditam com maestria o tom. Fora isso, também merecem destaques
os temas de abertura e encerramento da série, que foram bem escolhidos e
possuem uma pegada gostosa.
No fim – sem embromar,
mais do que já fiz – o saldo é positivo e fica aquela expectativa boa. Agora é
esperar a próxima semana para vermos se o duelo será bem executado, mas a julgar
pelo primeiro episódio, teremos não apenas bons duelos, como uma boa história.
Mas se depender desse redator que aqui escreve, eles terão um telespectador assíduo
pelos próximos três anos.
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