Uma aventura épica que, infelizmente, não teve seu devido reconhecimento por terras brasileiras.
Antes de
prosseguirmos, quero deixar avisado que: 1º será um review de teor mais
pessoal; 2º sei que a obra tem mangá, animê e afins, mas irei me centrar no
livro. Cientes disso, então vamos lá, porque o texto de hoje é promissor.
Começando com um curto
disclaimer pós aviso; esse livro saiu por aqui em 2011 e, desde que ele saiu,
eu almejava por ele em minha estante, até por ser o primeiro volume de uma
série – que infelizmente nunca será concluída por aqui, dado andar da carruagem
-, mas como naquela época eu era um jovem mancebo sem um real no bolso, acabei
não comprando. Mas, como a vida é justa, na semana que se passou eu acabei por
encontrar o livro em uma dessas feiras de livro – não feira nível Bienal e sim
aquelas que tem em shoppings, que os livros saem baratos pacas – e acabei
comprando (puro impulso, mas comprei) e, sinceramente, adianto que não me
arrependo dessa compra. Mais do que isso, me espanto por não ter corrido para
comprar antes. Porém, admito que a obra escrita por Nahoko Uehashi é deveras
incrível e fica difícil acreditar como surgiu a ideia para concepção da
narrativa.
Mas indo do começo; o
livro – de autoria da Nahoko Uehashi – é parte de uma série chamada de Moribito
Series (segundo o MAL), sendo publicada de julho de 1996 até fevereiro de 2007,
a série conta com um total de 10 volumes, sendo que os dois primeiros saíram
nos EUA (isso até onde eu apurei) e o 1º saiu por aqui pela Martins Fontes.
O 1º livro da série –
que é o alvo desse review – se chama “Moribito: O Guardião do Espirito”, ou
“Seirei no Moribito” no original e, além do livro, possuí adaptação para mangá
e para animê. O animê possuí 26 episódios e foi exibido de 7 de abril de 2007
até 29 de setembro do mesmo ano; já o mangá foi publicado pela Shounen Gangan –
da Square Enix – de abril de 2007 até agosto
de 2008, possuindo 16 capítulos compilado em 3 volumes. Convém inteirar que
todas as versões seguem a mesma linha narrativa que é: Balsa é uma
guarda-costas que aceita o trabalho para proteger o 2º filho do Mikado, pois há
pessoas dentro do palácio que acredita, na possibilidade de o menino estar
possuído por um demônio que irá trazer estiagem àquele local. O que ninguém
contava é que o espírito que habita o corpo do pequeno Chagum ser o Nyunga Ro
Im, um ser que é, na realidade, o guardião das águas e que, sem ele, haverá
esse temido período de seca.
Assim, nossa aventura
segue com Balsa e Chagum para protegerem o ovo – esqueci de mencionar, mas o
espírito ainda não nasceu, e está na forma de um ovo – do Rarunga, que é um ser
da lama que devora ovos que o Nyunga Ro Im libera a cada 100 anos. É seguindo
essa dupla e os secundários que, com o passar do livro, aparecem que vamos
aprendendo mais sobre esse universo; pois boa parte do que é contado na
história foi criado pela própria autora, ou seja é um mundo fantástico, porém
seguindo certos costumes de um Japão mais antigo.
Deixando parte desse blá
blá blá de lado, vamos deixar claro que, sim, esse é um livro que a autora não
nos trata como pessoas lerdas demais, ou seja ela não nos entrega nada
mastigado. Vamos aprendendo junto com os personagens e, devido a isso, passamos
pelas incertezas que eles passam, porque nada ali é como parece ser a
princípio. Até quando tudo parece resoluto, ainda ocorre algo que nos faz ficar
perplexos e roer as unhas com a tensão que nos é entregue.
Outro ponto alto, sem
sombra de dúvidas, são os personagens. Quer seja a protagonista, ou até mesmo
aqueles de pouca relevância, todos são interessantes e mostram que não são
apenas personagens sem ambição; logo se cria toda uma ideia de boas evoluções.
Temos como exemplo o Chagum, que começa o livro como uma criança mimada e
insegura, mas no final é um personagem diferente daquilo que nos foi
apresentado inicialmente. Já nossa protagonista, a Balsa, é uma mulher forte,
independente e muito habilidosa em combates. Ela tem um objetivo próprio que
nos é revelado durante o livro – e eu não entregarei aqui, para não estragar a
diversão – e quando descobrimos isso, somado ao passado dela, passamos a
comprar as ideias dela, mais do que isso aumentamos nosso respeito por ela.
Apesar de ter me
estendido tanto – tenho que passar a ser mais objetivo – quero deixar como
consideração final que, sim, essa é uma obra difícil de se achar, mas que vale
cada centavo gasto. Ela transpira narrativa de aventura fantástica, mas, a seu
modo, nos apresenta uma personagem e um mundo incrível e com suas surpresas.
Quem puder, compre o livro, garanto que você irá se encantar.
PS: como ainda não
assisti o animê, me limitarei a entregar o básico sobre o livro e ficar por
isso mesmo, assim que assistir o animê, farei um review dele, propriamente
dito.
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