Mesmo próximo de sua conclusão, esse arco ainda consegue ter muito para dizer em poucas páginas.
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Capa da edição #38 da WSJ |
Yakusoku no Neverland,
finalmente, chegou a seu capítulo 51 e, merecidamente, completou um ano de vida
na issue #38 da Weekly Shounen Jump – e, nesse ínterim conseguiu se provar uma
das obras de maior poder lucrativo e atrativo dentro das levas do ano de 2016,
mas discorrerei melhor sobre isso em outra oportunidade (leia-se farei um post
específico para isso). Porém, quero dizer – antes de começar a análise– que é
gratificante acompanhar a série a escrever sobre (ok, eu atraso muito as vezes,
mas ainda assim amo escrever sobre esse mangá).
Mais do que isso, é
incrível como vi esse mangá passar de algo desacreditado para esse hype que,
aos poucos, ele está se tornando. Como alguém que sempre apostou na obra (quem
quiser ler minhas primeiras impressões, fique à vontade para isso), estou feliz
pelo reconhecimento dela e pela popularidade.
E bem, fora isso,
quero aproveitar para recomendar um site bacana quem quer aprender sobre as
TOCs das publicações e até ranking de vendas. Acessem o Analyse It que lá tem
muita informação bacana (ainda não é parceiro, maaaaaaas como AMO o site acho
válido indicar, tem MUITA INFORMAÇÃO BOA LÁ!).
Sem mais delongas,
vamos ao capítulo!
Capítulo #50 & #51 – “Amigos” & “B06-32 1”

Se você está
acompanhando os capítulos regularmente sabe que Emma, Ray e toda galera que
fugiu do orfanato conseguiram achar ajuda e, por sorte, estão próximos de seu
destino. Porém é justamente aqui que começamos a ter o encaixe das peças, mais
do que anteriormente. Acreditem, muita coisa que é revelada ou deixada para
pensarmos aqui mostra que esse é um mangá que vai nos fazer trabalhar –e muito-
nossas mentes. Foi um momento bom para mostrar que o exercício mental é válido;
arriscando ir além, essa sequência parada mostrou que, se tiver tempo, vale
reler tudo que ocorreu até aqui.
Começamos esse ponto
com a questão que, dentre todos os gados existentes, há aqueles que são apenas
gado de criação que visa quantidade e não qualidade. Sendo, inclusive,
mencionado que, fora o orfanato das crianças, apenas mais uns três ou quatro
prezam pela qualidade das crias. Logo, se torna escassas as opções de outras
crianças desejando fugir.
De um modo geral, é
compreensível isso, pois a lei nos gados é que as crianças sejam apenas
alimentos, sem sentimentalismos nem nada do gênero. Sendo apenas as garotas que
possuem um destino de decisão – podendo escolher entre ser alimento ou virar
instrutora de uma das fazendas -, devido a isso falta esperança e sobra motivos
para aceitar esse ciclo vicioso.
Além disso, ainda
temos a questão – que já foi explorada em outra análise – do mundo ser dividido
devido a “promessa” feita. Logo, humanos estão isolados em seu cantinho e, em
um panorama geral, existe a possibilidade de, sim, a chegada das crianças
abalarem toda estrutura de aparente paz até aqui. Logo temos um jogo que, se pensarmos
de modo racional, tem tudo para esquentar e gerar um caminhão de reviravoltas.

Sim, tivemos dois pontos
que, no fim das contas, podem se conectar. E isso pode render um plot ainda
mais interessante e intenso na narrativa. É aguardar para ver o quanto isso
será expandido;
O 2º ponto, sem
dúvidas, é com relação a mudança de postura do Sung-Joo. Ele começou se
mostrando um nômade que não gostava de carne humana, mas aqui ele mostrou sua
verdadeira face e ainda explicou seu ponto de vista. Enfim entendemos o porquê
dele e passamos a conseguir enxerga-lo como uma possível ameaça futura, pois
ele espera que as crianças consigam dar fim à “promessa”.
No fim, ficamos apenas
com a expectativa do que está por vir. Pois, a partir daqui tudo pode acontecer
ainda mais; até porque o Shirai já provou que o roteiro é bem pensado e
executado, logo muito dá para esperar disso. E cabe aquela retratação – nesse
final de texto – quanto a arte do Posuka, pois no começo eu cheguei a acha-la
feia, porém, atualmente, a acho até bonita e deveras competente para contar
essa história.
No mais, nesse momento
ficam os votos para que a série viva muitos anos e aumente cada vez mais seu
sucesso e alcance. O público só terá a ganhar.
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