Aquela obra que, sinceramente, me arrependo de ter menosprezado; mas agradeço por ter acompanhado, mesmo que tardiamente, pois essa é a ideia mais non sense que já li.
Para mim, atualmente,
há apenas dois lemas que, em hipótese alguma, deixo de seguir: “Nunca diga
nunca” e “opiniões mudam... para o bem ou para o mal, mas mudam”. E, talvez,
seja por esse motivo que posso afirmar que, não são apenas nossas opiniões que
mudam, como também nossa cabeça para interpretação das coisas. É algo estranho,
mas é assim que funciona – pelo que notei – e, dito isso, preciso dizer que
esse review é, em partes, uma redenção.
Quem ouve o Dollars
desde seus primórdios, certamente irá se recordar do cast que falamos dos
animês da primavera de 2012 – saudades desse abril de meu Deus e das risadas
que tive naquela gravação (caso você não tenha ouvido, deixarei ele disponível
clicando aqui). Nesse cast eu, ferrenhamente, critiquei Medaka Box, dizendo que
não era uma boa obra e que o pessoal que reclamava da série estava certo.
Pff... que garoto ingênuo eu era. Creio que, naquele período eu não tinha a cabeça que tenho hoje, gostava de coisas mais básicas e genéricas – na realidade, eram coisas bem ruins para dizer a verdade -, mas tudo muda (e esse desclaimer de três parágrafos foi necessário). Então, eis que no final de 2015, eu estava em uma vibe de arriscar ver tudo aquilo que eu sempre julguei ruim e tive preconceito e, numa dessas, acabei tomando coragem para rever Medaka Box; no fim das contas acabei não apenas vendo as duas temporadas do animê como, também, li o mangá inteiro. Pronto... prova que paguei pela língua.
Depois de todo essa
história (longa para cacete), dá para dizer que – obviamente – todo review tem
um senhor cunho pessoal e cheio de sentimentalismo, pois depois de meses lendo
a obra ela se tornou meu xodó. De algoz, virou algo que eu defendo com unhas e
dentes e até provo que Nisio Isin é um verdadeiro gênio em concepção de
histórias. Antes seguirmos, caso queira ler um texto imenso, porém de muita
qualidade, deixo aqui linkado o texto do All-Fiction sobre a série; texto esse
que me inspirou a esse review e, também, me ajudou a repensar muitos pontos da
história.
Bem, vamos lá então...
mas primeiro... como posso definir Medaka Box? Como posso explicar para você,
querido leitor, o quão divertido é esse universo da série?
Essas são as primeiras
perguntas que pairam em minha mente, não porque seja impossível explicar isso,
mas sim porque é complicado resumir toda loucura que é a série, mais do que
isso, toda loucura que é esse universo. Resumir tudo que é Medaka Box é como
tentar resumir algo que não é simples em poucas palavras o que, por si só, já é
bem difícil. Mas todo roteiro de Nisio Isin é um amontado de referências,
críticas, papos malucos e um shounen bem diferente do que, de fato, pensamos ser
um mangá Shounen.
Todavia, irei explicar isso passo a passo – ou, pelo menos, tentar.
Todavia, irei explicar isso passo a passo – ou, pelo menos, tentar.
Vamos do começo!
Escrito por Nisio Isin
e ilustrado por Akira Akatsuki, Medaka Box começou a ser serializado na Weekly
Shounen Jump em 11 de maio de 2009, sendo encerrado em 27 de abril de 2013; com
um total de 192 capítulos dividido em 22 volumes. A série também conta com uma
animê, dividido em duas temporadas - Medaka Box, que estreou na primavera de
2012 e Medaka Box Abnormal, que estreou no outono do mesmo ano – cada uma com
12 episódios; três novels – “Medaka Box Gaiden: Good Loser Kumagawa” de 2012 (2
volumes), “Shousetsu Ban Medaka Box” também de 2012 (2 volumes) e “Medaka Box:
Juvenile - Shousetsu-ban” de 2013 (1 volume); e um guide book.
Ok, muita informação
técnica acima – nem tanta, mas sinto que ficou mecânico – então vamos para o
padrão. Mas primeiro, vamos falar rapidamente de alguns pontos, pois meu foco
aqui será, em especial, o mangá.

1º muitos que tiveram contato com a obra o fizeram através do animê que, como dito anteriormente, teve duas temporadas. Medaka Box teve sua estreia 05 de abril de 2012 e foi até 21 de junho de 2012. Essa temporada adaptou o primeiro arco do mangá em seus 12 episódios; já a segunda – Medaka Box Abnormal (ou Medaka Box Anormal) – adaptou o arco da classe 13. Com a mesma quantidade de episódios que sua antecessora, essa temporada estreou em 11 de outubro de 2012 indo até 27 de dezembro de 2012. Contudo, aqui há uma pequena diferença da primeira, pois em Abnormal, o arco se acaba no episódio 11 (que equivale ao capítulo 55), o episódio 12 adapta uma das partes do “Good Loser Kumagawa”, mas isso comentarei mais para frente.
O animê foi produzido
– de modo competente demais – pelo estúdio Gainax (Evangelion, Karekano, dentre
outros animês bem conhecidos), e, sinceramente, é um animê lindo. Tudo ali é
bem feito e competente. É algo que honra com a expectativa (maior prova disso é
que, enquanto redijo esse review, estou ouvindo a trilha sonora da série, que
foi composta por Tatsuya Katou). É um animê que, de um modo geral cumpre bem
seu papel e, quando se encerra, deixa aquela brecha para leitura do mangá. Há,
cabe menção: por esses lados a série é licenciada pela Sentai Filmworks (aquela que tem a licença de Gintama ~)
2º talvez você não
consiga associar o nome à pessoa, mas o roteirista de Medaka Box é o criador da
Monogatari Series. Ok, vou dar um tempo para você respirar caso não saiba
disso... pronto? Vamos prosseguir.
Nisio Isin é um autor
que tem um vasto currículo (clica aqui e acessa a página dele no MAL), tendo
escrito Monogatari Series, Zaregoto, novel de xxx Holic e, até mesmo, novel de
JoJo, ou seja, o cara sabe o que faz; indo além o cara é alguém de renome na
indústria e não tinha, necessariamente, um porquê se aventurar nas páginas da
Jump sem mais nem menos (tanto da Weekly Shounen, como da SQ – no caso de
Shounen Shoujo, que já falei aqui no Dollars), logo prefiro seguir a ideia do
colega do “All-Fiction” e ir pela teoria que convidaram o Isin-sensei.
Já o desenhista, Akira
Akatsuki, tinha alguns trabalhos anteriormente, mas – até onde meu parco
conhecimento me permite deduzir – nenhum de grande expressão. Logo, Medaka Box
foi seu primeiro grande mangá.
Aí quando você junta
essa dupla, você tem a combinação mais interessante que um shounen poderia
pedir.
Então, vamos focar no
mangá!
Como dito lá em cima,
o mangá possui 22 volumes em 192 capítulos que são divididos nos seguintes
arcos (estou seguindo, em partes, as nomenclaturas dadas pelo Wikia da série):
- Arco do Conselho estudantil (caps. 1 – 21)
- Arco da Classe 13 (caps. 22 – 55)
- Arco dos Minus (caps. 56 – 92)
- Arco do 100º presidente do conselho estudantil (caps. 93 – 140)
- Arco do Casamento Negro (caps. 141 – 158)
- Arco da Shiranui desaparecida (caps. 159 – 185)
- Arco do buquê para o futuro – ou arco que você aprende o nome de todo mundo (caps. 186 – 190)
- Epílogo (caps. 191 e 192)
Fora todos os arcos
listados, ainda temos os capítulos extras que adaptam um determinado ponto do
Good Loser Kumagawa – mais precisamente o 1º capítulo extra adapta um ponto no
passado e o segundo mostra pós arco do buquê, o que é deveras legal, mas só vale
se você tiver lido até ali.
Mas indo ao cerne de tudo, e retomando um comentário meu do começo, a série tem os capítulos iniciais mais explicativos que já tive noção de ler. Assim, não que seja arrastado, mas é algo que, a priori, causa estranheza, pois é ali que conhecemos aqueles que irão nos acompanhar pelo longo da série.
É ali que conhecemos a
Medaka, o Zenkichi, o Akune e a Kikaijima. Cada um à sua maneira de aparecer e
se mostrar, mas confesso que toda primeira parte desse começo e dessa apresentação
é maçante. Chata. Cansativa. Não é algo que eu diga “vá na fé que você amará”.
É um começo arrastado que parece – e muito – com aqueles livros que você tem
que ter fé em excesso que irá ficar melhor para seguir. Mas, acredite, ele
melhora – de modo sublime – quando temos a aparição do conselho disciplinar (o
que ocorre em idos do capítulo 14, no mangá, e no episódio 8, do animê). No
momento que temos todo embate contra o a galera que zela pela disciplina da
escola – que nem chega a ser tão embate assim – é que a série nos dá um
vislumbre do que ela pode/quer ser. É nesse momento que – sim – nos gera um
sorriso de canto de boca e passamos a ter fé. Destaque especial para a lutra
entra a Medaka e o Unzen, que é quando conhecemos, um pouco mais, do quão
diferente é nossa protagonista e começamos a ter uma percepção do quão tudo ali
é menor do que aparenta, isso diante da Medaka.
Aí somos presenteados
com mais uma acentuação na qualidade do roteiro com o arco seguinte, mais do
que isso, somos apresentados aos conceitos que – nesse momento – regem a série,
porém só poderiam serem apresentados após vermos que tudo é válido nesse
roteiro (acreditem quando eu digo, TUDO É POSSÍVEL).
O arco da classe 13 é
mais do que aparenta e nos dá uma ideia (IMENSA) do potencial que a série tem;
é aqui que conhecemos a divisão da série – de um jeito bem maneiro até, porque
a cena do Unzen jogando os dados é legal pacas – que são: os normais, os
especiais e os anormais.
Em miúdos, funciona
assim:
- Os normais são aqueles que conseguem fazer o possível e ponto (ok que... o Zenkichi é normal e SOBE A PAREDE APENAS COM OS PÉS!)
- Os especiais possuem habilidades especificas, mas nada muito uau, apenas o necessário para fazer as coisas difíceis serem fáceis. Exemplo: a Kikaijima e seus pulmões incríveis.
- Os anormais conseguem, literalmente, tornar o impossível possível. Eles são o exemplo da “perfeição”, digamos assim e possuem habilidades bem absurdas que variam de pessoa para pessoa.
É dentro dessa
terceira categoria que encontramos nossos antagonistas do momento, a classe 13.
Ela não é apenas a antagonista da vez, como também possuí um plano mirabolante
e, honestamente, muito engenhoso para criar um anormal a partir de um normal (se
não me engano, em miúdos essa é a ideia do Flask Plan). Porém, após a Medaka
ganhar do Unzen temos ela sendo visada e, como protagonista perfeita, a vemos
ir resolver essa treta.

Assim, não que a série
não costume ter essa quebra de regra, indo até além do básico, não que shounens
não quebrem suas regras, mas a Medaka é, particularmente, quase um deus
ex-machina. E isso, com o passar dos arcos, será melhor estabelecido.
Nesse momento/arco
temos apenas o estabelecimento da habilidade dela, assim como uma pequena
demonstração do que ela pode fazer. No final desse arco... ah, no final...
Ok, agora é a hora que
eu faço aquela quebra no texto para dizer que: sim, eu resumi MUITO os dois
primeiros tópicos; e a partir de agora tentarei discorrer todo meu amor pela
série, pois é daqui para frente que eu realmente me encantei por esse mundo.
Certo que o texto está GIGANTE até aqui, mas eu tentarei não tornar mais bíblia
ainda.
Enfim... vamos voltar.
No final do arco da
classe 13 temos a introdução daquele que, sendo bem direto, é meu personagem
favorito de toda a série e, de quebra, é o motivo para eu ter dado uma chance
para a série. É aqui que temos a entrada – totalmente triunfal e bem executada –
de Kumagawa Misogi, o Good Loser!
A partir desse ponto
entramos em um ponto Nisio Isin decidiu que era pertinente criticar o Shounen
mangá em sua estrutura e, para melhorar tudo, criar um contraponto para isso.
Ele decidiu isso e criou o Kumagawa. Criou o antagonista mais odioso e amável,
aquele personagem que vai te deixar surpreso com suas atitudes e com seu jeito
maneiro de falar. É o típico antagonista, porém com alguns diferenciais.

O lema que um shounen
mangá, em especial se for da Shounen Jump, deve carregar é “amizade,
trabalho duro e vitória”, na visão do Kumagawa se torna “relações frágeis,
trabalho inútil e vitórias vazias”. Ele é um personagem que funciona dentro do
que, até então, nos foi apresentado. Não apenas ele, todos da classe -13. Todos
a antítese, todos os “negativos perfeitos”, ou a tese do quão frágil você pode
ser se não for o protagonista.
Nosso antagonista do
Minus arc é uma espécie de caos natural e eficiente. Ele abala as estruturas de
tudo que havia ali, ele nos torna parte de todo aquele mundo de referência que,
vira e mexe, ele nos agracia em suas falas. Ele é o primeiro dentro daquele
mundo bidimensional a se tornar unidimensional, ele é o primeiro a quebrar a 4ª
parede e, ao seu modo, dialogar com quem está lendo.
Sem contar que, é aqui
que começamos a ver os limites das regras do jogo serem quebradas, mas vou me
segurar nesse ponto. Nos próximos arcos posso comentar mais. O caso é que, o
Minus arc é o ponto que separa aquilo que deveria ser simples de algo muito
maior, é onde começamos a ver que a crítica ao Shounen padrão excede a zona de
conforto e se torna uma festa aos olhos. Isso, porque, não entrei – e nem
entrarei tão a fundo assim – no mérito da batalha final entre a Medaka e o
Kumagawa, pois... sinceramente, é uma emoção imensa aqueles capítulos, mais do
que isso, esse arco em um todo é emocionante, lembrar dele me deixa vibrando
para reler tudo aquilo. Pois todo jogo é bem elaborado, todas as condições da
batalha final são excelentes, as motivações e até o capítulo que entendemos um
pouco mais sobre o Kumagawa. Definitivamente, é aqui onde a história sobe muito
a qualidade, e essa subida é a brecha necessária para o jab MAIS INCRÍVEL E
REPETACULE DE TODA HISTÓRIA DOS SHOUNEN!

Depois de um total
oposto no arco anterior, temos aquela que, segundo suas próprias palavras: “não
se classifica nem como Minus nem como anormal, pois empata com ambos”. Anshin’in
entra na história após a conclusão do confronto entre nossa protagonista e o
Kumagawa e logo de cara já começa usando o primeiro golpe em quem lê, pois ela
deixa claro que “quem vence sempre é o protagonista”, deixando assim tudo nos
conformes – pois ela deixa esse comentário e podemos ver, logo de cara que ela
é alguém mais crítica e opositora, mais do que isso, ela dialoga diretamente
com o público, de uma maneira mais direta.
É graças a ela que
temos todo o problema inicial, que posteriormente irá gerar o melhor plot twist
da série, mas é em uma primeira conversa com a Medaka que pegamos o jeito dela
de pensar, pois ela explica que, se desejasse, ela poderia apenas esperar a
Medaka se formar para, então, prosseguir com o Flask Plan, pois assim seria
fácil. Afinal, a protagonista precisa se formar do colégio, é o caminho
natural. E é aí onde temos a procura de uma sucessora para nossa protagonista,
um mini arco simpático, porém é um pouco calmo, em especial após tudo que se
passou.
Só que, é após ele que
o Nisio decide duas coisas: 1º é preciso mostrar a outra face da Medaka; 2º é
preciso testar um novo modo de atravessar a quarta parede. Foi no auge desse
arco que tivemos o anúncio do animê e, uma das maiores diversões desse arco,
que foi a Anshin’in dizendo que o mangá acabaria antes da estreia do animê.
Óbvio que sabemos que isso não ocorreu (se você está lendo isso sabe que o
anime passou), mas não deixa de ser divertido ver como ele soube trabalhar bem
essa questão.
Já quanto a primeira
decisão... bem, ela não apenas é excelente, quanto é um mote muito bem
executado. Ele já havia trabalhado uma Medaka heroica e correta, porém
trabalhar a visão sobre ela como “vilã” foi acertada e, de certo modo, acaba
nos tornando ainda mais cativados pelo Zenkichi, pois acabamos tendo uma nova
visão dele.
Indo além, é com esse
arco que temos o maior número de críticas ao que é um shounen mangá, sobre toda
Shounen Jump, sobre battle shounens e sobre como as pessoas são apegadas aos
padrões. Esse é o arco que mais desconstrói tudo que conhecemos até aqui e é
onde mais evoluímos junto dos personagens.
O final, na falta de
palavra melhor, é excelente e perfeito. É o verdadeiro ápice, o trabalho
magistral e verdadeiramente completo. Se o mangá tivesse acabado aqui, teria
sido um final de ouro, mas Nisio ainda tinha mais para contar, ele tinha mais
para explorar e brincar; me arrisco a dizer que, após o capítulo 140, ele quis,
efetivamente, mudar o protagonista um pouco para ver como seguiria toda aquela
loucura.
E com isso, temos o
arco do Casamento Negro (ou Jet Black), mas nem vou me alongar muito nele,
porque, em um consenso geral, ele tem alguns pontos bons como, por exemplo, a
introdução dos “estilos” que é o poder com as palavras e um certo foco na
relação Medaka e Zenkichi, mas ainda assim é bem nhé e aquém do esperado. Tanto
que não lembro 100% como esse arco se encerra.
Dito isso, vamos para
o último arco longo, mas antes... um rápido respiro (escrever tanto não é
fácil, logo parabéns para você que está lendo com afinco)... pronto, agora
voltemos para falar do último arco longo.
Sim, não vou me
estender – tanto – nesse ponto também, até porque aqui é um arco que começa
lento, em especial se compararmos com os anteriores, mas acelera de uma maneira
gostosa. Sou honesto em assumir que, para mim, há momentos nesse arco que
rivaliza com o arco da eleição, pois o trabalho aqui é bem pensado; mais
precisamente, o foco é bem direcionado.
Aqui temos um arco que
foca, de uma maneira mais decente, na Shiranui. Mais precisamente na função
dela e, devido a isso, que conhecemos a Vila onde ela mora e conhecemos o
Iihiko, que é um “vilão que já foi herói”. É aqui onde todas as regras já
estabelecidas mudam e, literalmente, tudo ganha uma nova ideia – mesmo que de
modo rápido – claro que, o ponto alto aqui é quando entendemos quem é, de fato,
Iihiko, assim como quando entendemos a única forma de alcança-lo, de vencê-lo.
É aqui que tudo ganha aquele sentido e se torna algo que nos deixa preso, em
especial após o ponto climático desse arco.
Quando esse clímax
inicial acaba, nos sobra o, na minha opinião, melhor capítulo que eu já li de
um mangá. Nos sobra o capítulo 185. Claro que, obviamente, há quem discorde
disso, mas é inegável o que, para mim, esse capítulo representa, mais até do
que o 140. Ele é o fechamento de um ciclo e, aqui, tudo é feito de uma maneira
tão sublime que, até hoje, eu não consigo ler sem sentir vontade de chorar em
determinados pontos. Tudo é redondo e muito bem feito. E só por isso, já é
marcante e merece o marco que tem para mim.
Pós esse arco temos
dois arcos curtos que servem, tão e somente, apenas para encerrar o mangá. Mas
não há muito o que se acrescentar sobre eles. Todavia, recomendo a leitura até
o final, para que você se delicie com os momentos desses arcos. Eles são
divertidos e tem uma pegada mais começo, sem ser o começo.
Afinal de contas, porque se aventurar no universo de Medaka Box?
Creio que, se você
chegou até aqui deve se perguntar, justamente isso. Pois bem, vou responder da
seguinte forma: vou, novamente me usar como exemplo.
Eu não gostava da
série, de 2012 até idos de 2015 eu simplesmente nem cogitava ler o mangá,
cheguei a dizer que nunca compraria se saísse por aqui, hoje em dia eu quero
muito ter o mangá, as novels e o guide book em mãos. Eu aprendi a gostar da
série quando desapeguei do pensamento que um shounen bom é o padrão.
Sinceramente, esse não
é um mangá para todo mundo e requer paciência na leitura, muita. Ele é difícil,
mas sabe recompensar bem aqueles que se envolvem na história. Aqueles que, de
verdade, querem conhecer mais o universo que saiu da mente de Nisio Isin.
Como consideração
final, só posso dizer: dê uma chance! Vale muito a pena. Abaixo vou deixar meu
top 5 (em números apenas) de capítulos favoritos – não vou escrever o porquê
gosto de cada um deles, pois irei fazer um texto sobre - &, apenas complementando,
esse review não tem foco de entrar nos detalhes, para isso tem o post do
All-fiction, que linkei no começo do texto, aqui é para apresentar a série do
ponto de vista de alguém que tinha pré-conceito com a obra.
Enfim, sem mais
delongas... por hora é isso, espero que tenham gostado e, ainda nos veremos
mais vezes para falar de Medaka Box.
Meu top de capítulos:
- Capítulo 185
- Capítulos 138 – 140
- Capítulos 88 – 91
- Capítulo 55
- Capítulo 168
Comentários