As peças vão se encaixando e a história se tornando cada vez mais intrincada. Cada vez mais o Assassin se prova uma das pedras base de toda teoria multiversal de Saint Seiya.
E, dentro do esperado,
cá estou com a análise “quinzenal” do episódio G assassin. A tendência é, cada
vez mais, lançar essa análise de modo mais rápido, porém sempre focando na
qualidade e na fluidez da mesma.
Devido a isso, pode
ocorrer demoras por questões chamadas releitura de tudo que veio antes, em
especial depois do capítulo que irei analisar hoje. Por isso, venham comigo e
vamos falar sobre toda loucura que está na cabeça do Okada.
Capítulo #80 – O Escolhido
Um mês. Vejam bem, em
um mês – em média – o Okada conseguiu, incrivelmente, nos convencer que o
Assassin é tão importante quanto o Next Dimension dentro de uma cronologia,
conseguiu nos chocar com a informação de como a outra realidade virou aquela
zona, nos mostrou o Shun de Hades e, nesse capítulo, ele complementa ainda mais
toda essa salada! Ele se torna a parte mais surpreendente desse multiverso!
É nesse capítulo que,
enfim, entendemos o porquê do Seiya ser alguém tão importante dentro de uma
narrativa que, por n fatores, ele não ostenta o protagonismo. Ele é o herói e é
aquele que foi agraciado com a dádiva dos deuses para salvar o mundo; nas
palavras de Hades, o cavaleiro de Pégaso é a “esperança” que havia na caixa de
Pandora, contudo naquele mundo ele não existe. Ele teve o mesmo destino que na
cronologia atual, porém – por algum motivo – na realidade do Aiolos, ele não se
libertou da maldição e foi “aniquilado” – pois, segundo o imperador do
submundo, quem é perfurado por sua espada não encontrará, jamais, a
tranquilidade da morte. Logo não poderá reencarnar – e isso gera todo um
problema maior.
O capítulo, em si, é
tenso. E essa tensão é fruto dessa conversa, porque é graças a ela que temos um
chaos verse (ou não, mas duvido muito que houveram outras ocorrências assim).
Ver as explicações para os motivos do Aiolos não ser aquele que salvará o mundo
ajuda, ainda mais, no alinhamento da cronologia; tal qual, saber que existem
multiversos ajudam na confirmação que, sim, tudo está interligado e nenhum
spin-off é inútil dentro do contexto da série.
Porém, tão
interessante quanto isso, é o fato do Dohko explicar para o Shiryu que, quando
alguém percebe a existência de outras realidades há possibilidade de mesclar as
memórias. Com isso, o cavaleiro de dragão tem um vislumbre nada agradável do
que ocorreu a ele e aos outros. Sem entrar nos méritos de spoilers pesados –
porque já soltei alguns ali em cima -, mas a situação é tão complicada que o
único de pé é o Ikki.
Temos um capítulo que
se encerra deixando brecha para um confronto, mas também temos um capítulo
fundamental. Temos um capítulo que amarra muita coisa e deixa outras ainda mais
soltas e abre várias portas, tanto dentro da série, como dentro de tudo que é
feito para CDZ.
Sabemos que o Kurumada
não é lá o exemplo de roteirista e Next Dimension prova isso, todavia o Okada
está trabalhando de um modo tão bem encaminhado dentro do Assassin, até citando
os golds do ND que fica difícil não dizer que tudo tem a mão de Chronos e do
que ele fez lá atrás na série do Kurumada. Mas, fora isso, ainda tem o
agravante de como o 13º cavaleiro pode influenciar dentro do conceito do
Assassin, pois em alguma realidade ele também deve ter existido; assim se
abrirá uma brecha para algo bem maior do que penso (ou do que todos podemos
deduzir).
Após esse capítulo dá
para dizer que se abriu um mundo de possibilidades, porém basta saberem usar
direito e teremos algo grandioso vindo aí. Sinceramente, isso é o que eu
espero, pois aqui foi o ponto de virada com a revelação mais interessante.
Manteve-se o nível de surpresa e, de coração, espero que sigam assim até o
final.
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