Aquele momento que o capítulo é tão show que consegue te fazer sorrir de surpresa ao mesmo tempo que te espanta pelas decisões.
Fala galera! Estamos
chegando com a análise de Boku no Hero e, por incrível que pareça, mais cedo do
que o esperado. Admito que estou surpreso por isso, em especial porque estava
crente que só conseguiria trazer ela no fim de semana, mas a vida tem dessas
surpresas boas.
Apenas lembrando que,
se possível, ajude e compre a edição nacional do mangá – que está saindo pela
JBC (e nesse mês saí o volume 6). Enfim, sem me estender muito, vamos ao
capítulo!
Capítulo #152 – Lemillion
Vou começar essa
semana dizendo que, honestamente, o Kohei me fez entender – ainda mais – o sentido
do que, dentro da história, é ser um herói. Ele me fez ficar em completo
choque, porém deu um ponto a mais para análise de toda concepção da história,
pois ele conseguiu me convencer que o Mirio é, de fato, a personificação de um
herói no seu modo mais bruto e conhecido.
Em 20 páginas repletas
de falas – porque sim, dessa vez ele fez um capítulo focado bastante em
diálogos expositivos do narrador off – o autor conseguiu criar o ápice memorável
para esse arco e, de modo único, nos mostrou que o Mirio superou vários
obstáculos para chegar onde está; indo além, conseguimos entender, ainda mais,
o porquê de ele ser um personagem tão carismático e forte.
É impressionante ver
como o autor sabe trabalhar os backgrounds de um modo que consegue convencer
quem lê em, dessa vez, ele não só convenceu como encantou. Tudo nesse capítulo
foi feito com certo esmero e dedicação a mais, pois é aqui que temos, também, a
deixa para o próximo confronto depois de uma luta – que mesmo sendo narrada 90%
em off – que surpreendeu até o próprio Chisaki.
Foi nesse capítulo que
vimos alguém compreendendo a Eri, se sacrificando por ela e, mesmo pós sacrifício,
se aguentando em pé, sorrindo e dando tudo de si pela proteção dela. Eu disse
isso na análise anterior e torno a repetir, nada do que ocorre é culpa dela,
mas é culpa de quem a vê como provedora de uma maldição e, devido a isso, usa
isso de modo errado. A menina vive assustada e apenas aceita o que lhe é feito,
pois não via luz no final do túnel, mas nesse ponto da história fica claro que
existe solução para ela.
Outro
ponto que, também, vale menção é com referência à ideologia do Overhaul, pois
ficou meio claro que, aos olhos dele, esses dons (ou individualidades, fica a
critério do freguês) são uma praga que faz as pessoas terem “síndrome de heroísmo”,
passando a acreditar que podem fazer a “justiça”. Esse é, ao meu ver, um ponto
onde a obra acerta, pois ela não fica pintando pretos e brancos, ela não se
polariza! Todo vilão que aparece, por mais maldoso que seja, possuí alguma
crítica a essa ascensão de heróis, ou aos métodos que eles usam. Quer seja o
Shigaraki, o Stain ou o Chisaki, todos carregam um ideal que abrem
questionamentos sobre o que é ser herói afinal e contas.
Entretanto,
o Chisaki conseguiu efetivar uma maneira de acabar com o “problema” que é a
bala que sela os poderes. E sim, é essa bala que traz todos os pontos que
comentei lá em cima e, mais do que isso, se mostra um problema maior. Pois ela
é feita às custas de uma criança, o que apenas traz sofrimento a ela.
No
fim das contas, esse capítulo teve 20 páginas que disseram em alto e bom som
que, sim, tivemos um herói incrível aguentando até o fim para dar esperança a
uma criança e agora temos o herdeiro do One For All entrando no combate.
Tivemos um excelente background para o Mirio e um ponto perfeito para o
Midoriya entrar na luta, agora é aguardar a próxima semana e vermos o que está
na mente do Kohei.
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