O 4º Ova da franquia investe no sentimentalismo e na evolução de alguns pontos que, até então estavam largados e, graças a isso, temos uma ótima experiência
Depois de muito tempo
enrolando eis que, hoje dia 03 de setembro, consegui tirar 1h22 para assistir a
quarta parte de Digimon Tri; sinceramente, se alguém me perguntar o porquê eu
não tinha visto antes eu não saberei responder ou, até mesmo, explicar o que me
levou a demorar tanto.
Porém, após assistir
esses quatro episódios, posso dizer que o tempo que gastei valeu a pena e, mais
do que isso, me fez analisar as coisas de um modo mais amplo dentro da série,
em especial por já saber spoilers do 5º Ova – que estreia no final desse mês,
mas vamos passo a passo. Vamos focar nesse Ova em específico.
Quero começar
soltando, um pouco, do que penso a respeito de tudo que envolve essa saga. Para
começar, até agora não entendo essa galera que está esperando trama bem
amarrada da TOEI; sério, basta uma olhada rápida nas últimas “continuações” que
a própria empresa vem fazendo de seus animês clássicos que fica NITÍDO que ela
quer criar um roteiro bacana, porém não quer sair respondendo 100% das questões
que ela deixa jogada – até porque há casos (Dragon Ball Super) que ela só
começou a responder várias questões depois de vários episódios. Devido a isso,
não acredito que ela vá fechar essa série sem explicar bem as pontas soltas,
mas ainda assim é válido aproveitar.
Agora focando no ova,
propriamente dito, posso dizer que esses foram os episódios que mais desliguei
meu cérebro para assistir. Talvez seja porque cheguei à conclusão que disse no
outro parágrafo, ou até mesmo porque eu apenas queria curtir um bom animê no
fim de tarde, mas o fato é que deu para aproveitar bem e me envolver com a
história e com os dramas apresentados. Que fique claro, me foquei em ver todos,
mas nesse houve um envolvimento maior, (até porque eu não estava nem
acompanhado e nem em período de bad) porém posso adiantar que,
independentemente das reclamações, o filme possuí muitas qualidades e explica
muitos pontos que estavam obscuros.

Outro ponto
interessante, ao meu ver, é no que se refere ao reencontro das crianças com os
digimons. Quando o terceiro ova acaba, ficamos com aquela expectativa de como
será o reencontro e como os roteiristas usariam isso a favor da narrativa e,
por sorte, eles possuem cérebro desenvolvido e souberam trabalhar bem a
reaproximação deles e, mais do que isso, souberam criar um plot para a Sora em
cima disso. Ela é a “mãe” do grupo e isso era um ponto que precisava ser
trabalhado para a evolução dela, pois – mesmo com n falhas – todos os
digiescolhidos até aqui tiveram um sub-plot para trabalhar um pouco suas qualidades
e defeitos, o único que ainda não teve seu ponto de evolução resolvido foi o
Tai, mas podemos esperar isso acontecendo logo menos.
Mas, voltando ao plot
da Sora, acredito que toda narrativa ali foi bem alinhada e gostosa de
assistir. Ver que a mãe da equipe passava por um dilema, justamente devido a
uma rejeição de quem ela mais queria próxima – que é a Piyomon – a faz ficar
perdida, cabisbaixa e frustrada com tudo. Entretanto, esse sentimento dela é
algo que, boa parte das pessoas, de algum modo já sentiu, pois todos já
passamos por esse momento de alguém importante nos evitando e sabemos o quão
doloroso é; e nesses momentos a interação com os outros personagens se mostra
uma solução eficaz e até interessante, pois vemos como cada um dos que se
envolvem nesse rolo tenta ajudar à sua maneira e, em alguns casos, acabam se
enrolando nisso.
Porém é apenas na 4ª
parte do Ova que toda essa questão de companheirismo e afins é bem afunilada e
temos, sim, grandes momentos. Ok, muitos deles (cof... Seraphimon... cof) são puros
fanservivce, mas há algo além quando o assunto são algumas evoluções e quando
se trata do Piyomon Mega digivolvendo isso é elevado a quarta potência, pois é
nesse momento que fica claro que, enfim, ela aceitou a Sora como parceira e
passou a reconhece-la. Logo, todo momento da batalha “clímax” do filme é
executado mais para gerar aquela evolução/reconhecimento e fanservice do que
para encerrar o arco, até porque nos minutos finais temos algo que impacta até
mais que a luta, gerando expectativa para o 5º Ova e, ao mesmo tempo, dando um
receio com o que possa vir adiante.

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