Enquanto o roteiro se ajusta, a arte segue “naquelas”... e o “filler” vira “canon”
Fala galera! Mais um
mês se passou e estamos aqui, reunidos, para mais uma análise de Boruto. Ok que
eu não tenho dia fixo para trazer essa análise, mas é mais ou menos assim que
acaba rolando mesmo, então peço desculpas em caso de aparente atraso, eu apenas
deixo fluir para publicar quando tenho tempo de ler – porque, sim, eu tenho uma
preguiça imensa de ler os capítulos assim que eles saem.
Antes de seguirmos,
apenas informando que o 4º volume encadernado saí no começo de novembro e cada
vez mais ganhamos mais volumes para que tragam essa “pérola” para cá. Enfim,
agora vamos a análise, porque quero ser prolixo hoje.
Capítulo #17 – Ao
Bem, como todos devem
saber Boruto não é ranqueado, justamente por ser mensal, devido a isso ganha
página colorida todo mês – até aqui, pelo menos está sendo assim – e nesse mês
tivemos uma color page bem ok, mas o foco aqui é a história... então vamos a
ela.
Nesse capítulo
tivemos, efetivamente, o início de um novo arco. Aqui as peças começaram a se
encaixar e começamos a entender os pontos que foram mostrados no capítulo
anterior, como o contêiner sem nada dentro em um dirigível no meio do nada e
até mesmo o questionamento do vilão anterior sobre a marca do Boruto. Claro que
sim, temos muito par explorar ou desenvolver, contudo, até aqui, o Ukyou-sensei
está sabendo trabalhar bem o ritmo, dando suspense na medida certa.
O começo do capítulo
também nos entrega, de certa forma, que as coisas não estão muito boas para o
Konohamaru, que foi na missão de descobrir o que o dirigível carregava. O que
aconteceu com ele fica muito em aberto, porém, tendo em vista que o seu
companheiro de missão foi ferido gravemente, não dá para esperar que ele esteja
100%. Mas é um ponto que espero ver como será resolvido, em especial porque pós
cena de suspense, voltamos para Konoha para entender toda a missão envolvendo
os armamentos ninjas.
E bem, a partir desse
ponto, vou tentar ser alguém não full pistola e nem reclamão. Admito que toda
explicação do Naruto sobre a utilidade das ferramentas mecânicas ninjas são bem
convincentes e interessantes; é um ponto de vista que prima pelo bem da vila,
até é válido dizer que o Sasuke concorda com esse ponto de vista; mas ainda
assim é o momento que poderia ser melhor aproveitado se não tivéssemos o Boruto
dando seus famosos chiliques de “não quero, não concordo”. Sei que a
personalidade dele é ser cabeça dura e tal, mas o roteirista não sabe trabalhar
isso de uma maneira que te faça criar empatia com nada. Nem com os motivos, nem
com os personagens e nada mais. É algo que poderia não ter sido feito, teria
agilizado a dinâmica e ajudado mais na narrativa, mas fizeram... e isso se
arrastou... e eu quis matar um por isso...

Porém, no fim
terminamos com a descoberta que o Ao faz parte da organização do mal da vez e
que ele terá que enfrentar o Boruto, pois o “receptáculo” que a organização
está atrás sumiu e eles querem um novo. Aí para saber o que ocorrerá, só
aguardando os próximos capítulos, porque eu desisto de teorizar.
Sendo bem honesto até,
esse capítulo me evidenciou MUITO que o roteiro tende a evoluir muito, porém
com essa arte truncada do Ikemoto, a tendência é perdermos muito do impacto que
certos capítulos podem trazer, esse – em especial – é um exemplo básico disso.
Tudo é feito com tanta simplicidade – para não dizer feiura – que estraga a
experiência, mas aí, em parte, é só o lado chato do Paulo Ikari reclamando. Sei
que o desenhista pode melhorar (o que espero), mas depois de quase um ano e
meio ainda não vimos nada que seja, realmente, digno de nota nessa evolução...
até as capas dos volumes apresentam bug nos traços. Enfim, é uma obra que
admito ter certa preguiça até de acompanhar, pelo simples fato da arte não
ajudar.
No mais, vou seguir
acompanhando mais para ver até onde o Ukyou-sensei consegue ir, porque se fosse
depender do Ikemoto, já estaria com Boruto dropado.
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