Filme de 20 anos da franquia é uma nova visão do começo que mescla novidades com nostalgia gerando algo interessante
O que podemos considerar
válido em uma releitura, de modo geral? Essa é a pergunta que, desde o momento
que vi o primeiro trailer, me peguei fazendo. Afinal, vamos ser francos,
quantas não são as pessoas que possuem uma relação afetiva forte com Pokémon?
Quantas não queriam revisitar esse vasto mundo de monstrinhos com nosso
protagonista que vive com 10 anos de idade?
Depois de muita espera,
enfim, assisti ao filme que comemora os 20 anos de uma das franquias mais
lucrativas da Nintendo e, sendo direto, valeu a pena a expectativa que
depositei. Valeu cada uma das 1h30 que fiquei na sala de cinema – lotada,
diga-se de passagem. Foi algo que me fez voltar a ser criança, porém me fez ver
o quanto esse universo ainda tem a oferecer, o quanto ele ainda pode explorar
seu potencial de infinitos modos. É uma experiência que, logo no começo, admito
que valeu. Como fã, como alguém que possuí memória afetiva (e quis ver os
filmes anteriores no cinema) e como adulto que já foi criança.
A história,
basicamente, é a mesma que você já conhece do começo da série, tanto que tem
alguns momentos memoráveis como, por exemplo, o Charmander abandonado, ou a
despedida da Butterfee; mas a maior diferença aqui fica por conta de toda
repaginada que foi dada no mundo da série, pois – atualmente – temos muito mais
pokémons do que naquela época, logo temos a adição de todos eles ao longo da
jornada que o filme nos entrega, tanto que acaba por se perder um pouco da
vastidão de tudo; porém isso, de certa forma, não atrapalha a diversão e nem o
deleite.

Porém, podemos dizer –
claramente e sem puxar sardinha – que o filme aposta tanto em novos fãs como
nos mais antigos e fervorosos, pois tem muitos easter eggs ao longo da película,
deixando vários personagens que já apareceram outrora em cenas especificas,
assim como também sabe trabalhar bem mexendo na nostalgia das cenas clássicas.
Vale também a menção
sobre o lendário da vez, porque, finalmente, tivemos o Ho-oh e, sejamos
sinceros, foi um lendário que pouco apareceu, mas quando apareceu nos deixa com
aquele largo sorriso de satisfação, em especial porque aqui temos mais uma das
várias lendas sobre Pokémons lendários e, novamente, é uma lenda que te prende
e te instiga. Isso é um bom momento e bem divertido; mas no fim, quem rouba
mais a cena é o Marshadow que é um Pokémon, de certa forma, bem presente
durante toda narrativa do filme – com direito a uma boa utilização lá para idos
do 3º ato.
No mais – para não me
alongar e acabar dando spoilers – posso dizer que, se você é um desses que
acham que esse filme é ruim por ser uma releitura, dê uma chance. Assista de
peito aberto, pois você irá curtir e, mais do que isso, vai se pegar encantado
com o que foi feito nesse filme.
Independente da
dublagem ser a atual (feita no Rio de Janeiro e que, honestamente, está muito bem-feita)
ou de não termos a Misty e o Brock – mini spoiler: eles não estão na história,
mas aparecem –; esse é um filme que vale o tempo investido e, garanto, vai te
fazer sorrir de orelha a orelha no término.
O filme foi exibido
nos dias 05 e 06 de novembro nas salas do Cinemark, Cinepolis e UCI. Se você
perdeu, em dezembro o Cartoon Network irá exibi-lo, então anotem na agenda e
dia 8 de dezembro assistam pelo CN.
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