O primeiro filme da obra mais non sense da Shonen Jump abraça totalmente a falta de bom senso e, de quebra, nos entrega algo devidamente divertido e fiel ao espírito de sua base.
Sinceramente, devo
começar esse texto evidenciando que, sim, essa é a primeira vez que falarei de
um live-action nipônico por aqui; logo já é bom adiantar que essa primeira vez
ajudará em outros textos do mesmo estilo, mas enfim... vamos aproveitar que faz
tempo que eu não falo de nada diferente e vamos falar sobre filme, mais
precisamente uma adaptação de uma obra que eu já queria falar aqui. Hoje é dia
de falarmos de Gintama!
Então, sem mais
delongas, vamos comentar sobre esse filme extremamente doido!
Sinopse:
Um assassino misterioso que possui uma espada amaldiçoada assombra as ruas de Edo. Tetsuko e Tetsuya são dois irmãos ferreiros especializados em forjar espadas, e assustados com os assassinatos que estão ocorrendo em Edo, decidem contratar o Yorozuya para investigar quem é o assassino. No entanto, Tetsuya avisa a Gintoki que o assassino possui uma espada poderosa chamada Benizakura e que tem ligação com o Kiheitai. Então, Gintoki caça o misterioso assassino.
Considerações Gerais:
Primeiramente, creio
que é interessante mencionar que esse filme é – na falta de palavra melhor –
tudo que dá para esperar de algo que vem de Gintama, ou seja, é algo que
agradará quem curte um bom humor sem sentido algum e boas cenas de ação, isso
sem contar a imensa quantidade de referências e quebras de quarta parede que só
a obra do Sorachi-sensei sabe fazer. É importante começar salientando isso,
pois minha base de análise é justamente nesse foco; até porque o arco que o
filme adapta é um dos arcos sérios da obra (o arco Benizakura, que também
ganhou filme animado, mas falo da animação em outro momento).
Creio que vale
mencionar, acima de qualquer coisa, que o Oguri Shun é o Gintoki em carne e
osso. Acredito que mais que o Gintoki real, ele é um ator que o próprio
protagonista já trollou no mangá (eu cheguei a ler algumas coisas a respeito na
época do anúncio do filme sobre isso e sério, ri dobrado quando notei a ironia
da coisa toda). Além dele temos outros atores que também conseguem trazer bem
seus personagens para a versão real (não lembro o nome de todos, só o do Oguri
porque logo no começo do filme temos uma cena em que o nome dele aparece, tipo,
umas mil vezes em tela); porém eu também curti muito a atriz que faz a Kagura,
ela conseguiu me arrancar boas risadas – na realidade a Kagura é uma personagem
que arranca boas risadas em vários momentos da série, mas aqui está show de
bola -. Vale um destaque para o CG do Sadaharu e da Elizabeth, que ficou algo
bem bonito; mesmo que no do Sadaharu seja NÍTIDO que é computação gráfica; mas
ainda assim ficou algo competente e funcional (destaque para uma cena aí do
Sadaharu que eu, simplesmente, ri alto aqui).
Mas agora, comentando
um pouco do roteiro – até porque eu sei falar melhor sobre isso -, posso dizer,
sem medo, que o filme é extremamente divertido. Ele é, em suma, algo que
funciona tanto se você já é fã da obra original como se você for alguém novo
nesse mundo louco de Gintama; isso sem contar com o fato que temos uma rápida
introdução no começo (igual à do primeiro capítulo do mangá, quando o Gintoki
conhece o Sinpachi), o que ajuda a termos uma rápida ideia do que está por vir.

Devido a isso, dá para
dizer que o filme é ruim? De forma alguma, pois quando não está fazendo graça,
temos um filme que trabalha bem os elementos de ação e drama; ele consegue nos
entregar boas lutas e bons conflitos dentro do seu tempo limitado e nos faz
vibrar nos momentos que temos que vibrar, isso sem contar que consegue prender
o espectador na tela. Logo, não é por acaso que o filme fez um sucesso alto no
Japão e garantiu sua continuação.
Além de tudo isso,
vale citar que o filme tem uma trilha sonora bem fluída e que funciona bem, isso
sem contar que ajuda muitas cenas a terem maior tensão. Em resumo, é algo que
realmente se encaixa e, de modo geral, já é padrão na qualidade que Gintama
oferece ao seu público.
Considerações finais:
Creio que, sem muita
embromação, dá para dizer que temos um filme que cumpre em 110% sua função como
adaptação. É um longa ágil, que diverte e consegue prender seu espectador do
começo ao final de toda adaptação; isso sem contar com os personagens que –
como disse lá em cima – são um charme imenso e conseguem carregar bem todo
espírito que possuem.
Fora tudo isso, acho
que vale citar, com ênfase, o fator: se você não é fã de filmes com muitas
piadas, nem assiste. Sério. Você vai desgostar muito, justamente por não ser
fã. Agora se você não vê problema com isso, assista, mesmo que nunca tenha
assistido nada da série original, você certamente irá se divertir e vibrar.
Creio que esse é um filme que carrega bem a ideia da “alma de prata” que a
série carrega em seu título.
Da minha parte, fica a
dica certeira de filme... e meus votos para que a continuação seja tão boa
quanto esse filme foi. Pois a diversão será garantida!
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