Edição de colecionador lançada pela editora Abril é tudo, menos algo voltado para o colecionador (e não que isso seja ruim...)
Antes de tudo quero
adiantar que, particularmente, não sou aquele exemplo de pessoa quando o
assunto é jogos de vídeo game. Isso é de um modo geral, pois não tenho aquela
paciência em ficar horas na frente de uma tela desprendendo meu momento para
jogar algo; devido a isso acabo perdendo bons jogos que saem e, por muitas
vezes, fico parecendo alguém que veio de outro planeta diante dos meus amigos.
Dito isso, vamos ao
foco do estante de hoje que é baseado em uma franquia bem conhecida pelo grande
público devido a junção de personagens da Square Enix com os personagens da
Disney. Cabe citar que a franquia tem uma legião de fãs que estão sempre a
postos para indicar bons jogos da série para iniciar a imersão nesse universo.
Então, sem mais
delongas e enrolações, até por vocês já terem lido qual a obra – e terem visto
na minha divulgação do instagram – hoje vamos falar sobre Kingdom Hearts, mais precisamente sobre a “edição de colecionador”
que a abril lançou recentemente. Então se acomodem e vamos lá!
Sinopse:
Sora é um rapaz enérgico, jovem e ansioso para explorar o mundo com os seus amigos, Riku e Kairi. O trio está trabalhando duro para concluir uma jangada que lhes permitirá sair da sua ilha, mas um dia uma força misteriosa faz com que Sora obtenha uma arma especial, conhecida como a Keyblade. Ele luta contra alguns monstros estranhos e é transportado para uma cidade estranha. Enquanto isso, Donald e Pateta saem de seu castelo para procurar o rei e o escolhido que detém a "chave" para salvar o mundo. Sora é atacado novamente por criaturas conhecidas como Heartless, mas é ajudado por um velho chamado Cid e um guerreiro chamado Leon. Ele finalmente se encontra com Donald e Pateta e eles unem forças para ir em busca de seus amigos e do rei.
Considerações gerais:
Por hora, vamos ao
foco que é contar um pouco da belezura que é esse roteiro que a Shiro-sensei
nos proporcionou! Porque, sinceramente, mesmo sem contato algum com o jogo que
deu origem a esse mangá dá para aproveitar esse universo criado para a série e
imergir nele de uma forma que você se pegará grudado nas 400 páginas que esse
primeiro volume tem.
Tudo aqui é bem feito
e sem correrias. Você consegue até localizar vários momentos icônicos dos
filmes da Disney, se você assistiu a todos que compõe os mundos visitados; tipo
é um trabalho que foi bem pensado, pois você nota diversas referências e, de quebra,
consegue conhecer todo um novo universo que só essa junção de Disney com Enix
poderia nos proporcionar.

Vale mencionar que a
arte da autora é muito bonita/competente, gerando um bom ritmo para todo
desenvolvimento da obra. Nada aqui é feito nas coxas e, de modo geral, ajuda a
entregar uma obra que ajuda na compreensão do porquê a série é tão amada.
Claro que nem tudo são
flores, porém, nesse caso, a culpa é da própria editora Abril que decidiu
relançar a obra em um formato bem, digamos, ruim. Afinal, escolher fazer uma
edição de colecionador em papel jornal e capa extremamente maleável não ajuda
para a durabilidade da obra e, muito menos, para chamar de algo de colecionar;
óbvio que compreendo que lançar em um formato capa dura e papel de melhor gramatura
sairia mais caro (em especial tendo em vista quanto saí aquelas coleções
definitivas da Disney), contudo acredito que poderia ter sido optado por um
formato 1% melhor com, ao menos, uma capa mais resistente (isso sem contar que
a capa em formato mangá para uma obra espelhada só vira uma zona completa).
Afinal, porque está na estante?
Apesar das minhas
críticas à versão que a Abril republicou por aqui, é importante frisar que,
sim, eu recomendo a obra para todos que desejam algo mais divertido e
despretensioso para ler, pois esse é um mangá que você consegue devorar sem nem
notar o que está se passando e, mais do que isso, se já tiver contato prévio
com a franquia ou com alguma das obras envolvidas na concepção da série (obras
da Disney e Final Fantasy), conseguirá compreender muito das referências e
aparições.
Ainda assim é um
título que só vale a compra se você se desligar da ideia de algo realmente
luxuoso e aceitar uma edição mais simples e “econômica”. Mas ainda assim é algo
voltado para todos os públicos e que pode ajudar na iniciação dos pequenos na
leitura (caso você conviva com crianças).
Ficha técnica:
Autora:
Shiro Amano
Formato:
21
x 14,8 cm
Nº
de págs: 400 páginas
Preço:
R$: 29,90
Onde
comprar: Amazon
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