Nova versão da clássica obra da década de 60 recria toda uma mitologia de modo único e extremamente divertido.
A temporada de abril –
ou season spring – começou. E com ela começa as “Primeiras Impressões”
costumeiras do Dollars, porém, dessa vez, não consegui fazer o habitual guia do
que falaria nessa temporada.
Admito que isso, em muito, se deve ao fato de que
eu não tinha decidido o que veria, mas no fim das contas, acabei expandindo
demais as ideias do que assistirei e vocês, provavelmente terão um combo meio
grande de textos, mas vamos ao que interessa e hoje o foco é falar sobre o
remake de GeGeGe no Kitaro.
Então se acomodem e
venham acompanhar o que tenho a dizer sobre essa nova visão de um clássico!
Sinopse:
Após quase duas décadas de século XXI, as pessoas começaram a esquecer da existência dos yokais. Quando umas variedades de fenômenos inexplicáveis passam a afligir os adultos do mundo humano com confusão e caos, uma garota de 13 anos chamada Mana escreve uma carta para o Correio Yokai em busca de respostas, e acaba sendo visitada por GeGeGe no Kitaro...
Considerações gerais:
Creio que seja interessante começar esse texto
mencionando que essa versão é, de certo modo, uma releitura do mangá clássico
da década de 60 – que, por sua vez, tem por base um mangá de 1959 – e, como
toda releitura, essa versão nos traz velhos conceitos em uma roupagem nova e,
porque não, divertida.
Aqui
temos uma história que consegue divertir e, ao longo de 20 minutos, sabe
funcionar para introduzir um bom enredo. E tudo isso é feito de uma forma que
te convence que tudo apresentado é plausível e divertido; toda questão de
yokais no tempo moderno é feita com leveza e, de certa forma, sem muito
compromisso em ser profundo – até porque não precisa ser -.
Todos os personagens que se apresentam nesse
primeiro episódio são bem introduzidos, possuindo um carisma divertido e que
consegue cativar o espectador para que o mesmo consiga aproveitar o episódio
sem sentir que aquilo é um mártir. Claro que também cabe a citação que nada
aqui é complexo demais devido ao público que a série visa (a garotada de 08 a
12 anos), mas ser simples não significa ser burro e aqui isso é bem
demonstrado.
Cabe mencionar que, para um episódio inicial de um
animê de 50 episódios, temos um começo bem feito – em especial se lembrarmos
que de uns tempos para cá a TOEI não tem tido equipes tão competentes em seus
últimos trabalhos – e possui um bom ritmo narrativo. O plot do final faz aquele
gancho bem pensado e que desperta a curiosidade do público, logo é um episódio
que consegue fechar o saldo com carisma.
Vale a Pena?
Sendo bem franco, sim. Vale muito a pena, em
especial se você quiser assistir com alguma criança para introduzi-la no
universo dos animês; pois você conseguirá apresentar um animê leve, divertido e
que consegue garantir um bom momento de diversão.
Agora, caso você vá assistir sozinho, é um animê
que também vale para ter uma ideia de como o trabalho de releitura funcionou
dentro de um universo que, para muitos, não tem mais aquele peso na atualidade.
Afinal, quase ninguém valoriza o folclore com a tecnologia em pleno avanço,
contudo aqui vemos que a ideia de folclore segue atual, mesmo com todo avanço.
Admito que essa será uma obra que irei acompanhar o
máximo que eu conseguir, pois o início já me chamou atenção o suficiente.
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